Como manter a segurança no trabalho em espaços confinados

O trabalho em espaços confinados deve ser levado muito a sério, para garantir a segurança e a saúde de todos os colaboradores.

Espaços confinados são quaisquer áreas que possuam meios de entrada e saída limitados. Onde a ventilação existente é insuficiente para remover os contaminantes, podendo existir uma atmosfera deficiente de oxigênio. São espaços que não foram projetados para ocupação humana contínua.

Para entender como manter a segurança no trabalho em espaços confinados, leia este post até o final. Aqui você vai conhecer os tipos de espaços confinados, seus riscos ocupacionais e como é deve ser a segurança para esses ambientes.

Boa leitura!

Trabalho em Espaços Confinados

Os trabalhos em espaços confinados geralmente ocorrem em obras da construção civil, operações de salvamento e resgate, limpeza, pintura, manutenção, reparação ou inspeção.

Para trabalhar com segurança nesses espaços é preciso que a empresa atenda às seguintes normas: 

• NBR 14.787 – Espaços confinados – prevenção de acidentes, procedimentos e medidas de proteção (ABNT) e 
• NR 33 – Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaço Confinado.

Essas normas tratam das medidas que devem ser tomadas quanto ao uso dos equipamentos de proteção, bem como, as práticas de verificação do local, permissão de atividade e execução das tarefas.

Exemplos de Espaços Confinados

Um espaço confinado fechado possui dimensões reduzidas e vias de acesso limitadas, permitindo a entrada e saída de apenas um trabalhador por vez. Nesta categoria incluem-se os seguintes exemplos:

• Reatores;
• Galerias subterrâneas;
• Túneis de manutenção;
• Caldeiras;
• Silos, tanques, porões e cisternas.

Já, um espaço confinado aberto possui dimensões maiores e vias de acesso menos limitadas, facilitando a entrada e saída dos trabalhadores. Porém, devido à presença de contaminantes e a atmosfera deficiente de oxigênio, apresentam perigos para o colaborador. Estes espaços podem ser, por exemplo:

• Poços;
• Fossas;
• Depósitos abertos;
• Minas abertas;
• Adegas e destilarias.

Riscos de Trabalhar em Espaços Confinados

O trabalho em espaços confinados pode implicar na exposição do colaborador a diferentes riscos, dependentes tanto da natureza do trabalho que será realizado e dos equipamentos utilizados, quanto do próprio espaço, como sua geometria e atmosfera. 

Sendo assim, podemos subdividir os riscos em espaços confinados em duas categorias: Riscos Mecânicos e Riscos Específicos.

Riscos Mecânicos 

São aqueles provocados por fatores físicos. Devido às características do espaço, estabilidade estrutural, tipo de trabalho realizado, entre outros. Alguns exemplos, são:

• Risco de queda em altura;
• Risco de afogamento;
• Risco de eletrocussão;
• Risco de perda de audição;
• Risco de colapso parcial ou total das estruturas;
• Risco de queda de objetos/detritos;
• Risco de fadiga prolongada e excessiva.

Riscos Específicos

São aqueles que estão diretamente relacionados às condições atmosféricas, ambientais, químicas e biológicas no interior do espaço confinado. Por exemplo:

• Risco de asfixia;
• Risco químico;
• Risco de incêndio e explosão;
• Risco ambiental;
• Risco biológico.

Norma Regulamentadora – NR 33

A NR 33 é a norma que regulamenta os parâmetros de identificação e apresenta as medidas de segurança que devem ser tomadas para o trabalho em espaços confinados. De acordo com a NR 33, cabe ao empregador:

• Identificar os espaços confinados do estabelecimento e os riscos existentes;
• Implementar a gestão em segurança e saúde no trabalho para espaços confinados;
• Capacitar os trabalhadores em relação às principais medidas de segurança em espaços confinados;
• Garantir a evacuação rápida dos colaboradores e o isolamento do local, caso haja qualquer indício de perigo à saúde;
• Disponibilizar aos colaboradores os EPIs necessários e em boas condições de uso.

Equipamentos de Proteção para Espaços Confinados

Para manter a segurança no trabalho em espaços confinados, os EPIs devem ser adequados para cada situação de risco existente.

É dever do empregador fornecer ao colaborador todos os EPIs necessários para sua atividade, assim como, capacitá-lo quanto ao uso correto de cada um deles.

Para garantir a proteção dos trabalhadores em espaços confinados, a empresa precisa cumprir as seguintes medidas:

• Inspeção prévia do local;
• Elaboração da Análise Preliminar de Riscos (APR);
• Permissão de Trabalho (PET);
• Sinalização e isolamento da área;
• Equipamentos de ventilação;
• Equipamentos medidores de oxigênio, gases e vapores tóxicos e inflamáveis;
• Equipamentos de Proteção Individual – EPIs;
• Supervisor de Entrada e Vigia;
• Equipamentos de comunicação, medição de fases, vapores e iluminação;
• Equipamentos de resgate.

Dentre os EPIs mais comuns para espaços confinados, podemos citar: cinturão de segurança, guincho resgatador e manual, capacete de segurança, respirador; luvas de segurança e calçado fechado.

Além disso, é essencial que o trabalhador faça exames médicos, participe dos treinamentos, siga as instruções de segurança e comunique qualquer risco existente.

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