EPI x EPC: entenda as diferenças

A construção de ambientes de trabalho seguros em todos os setores de uma empresa só é possível quando os empregadores investem tanto em Equipamentos de Proteção Individual quanto em Equipamentos de Proteção Coletiva – os famosos EPI x EPC.

Cada um deles exerce uma função diferente no dia a dia do colaborador, e, só pelos nomes, já podemos começar a enxergar as diferenças entre esses equipamentos essenciais para a segurança. 

Ambos devem trabalhar em conjunto na missão de evitar acidentes de trabalho, mas também é importante entender suas particularidades para que eles sejam utilizados da forma correta no dia a dia. 

Sendo assim, neste artigo, iremos explicar as principais diferenças entre EPI x EPC e mostrar quando as equipes e trabalhadores devem usar cada um. Confira!

EPC: quais são os Equipamentos de Proteção Coletiva?

Como o próprio nome aponta, os Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC) são aqueles que protegem grupos de trabalhadores enquanto eles realizam suas atividades.

Sua principal função é eliminar ou diminuir os riscos que são identificados por meio do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), regulado pela Norma Regulamentadora 9 (NR 9)

Por meio do PPRA, é possível reconhecer e antecipar os principais riscos do ambiente de trabalho, oferecendo a devida instalação de equipamentos e proteção antes mesmo de ser utilizado o EPI. 

Dessa forma, os empregadores são responsáveis por disponibilizar para os setores os EPCs necessários para combater agentes físicos, biológicos, químicos e mecânicos. 

Dentre os Equipamentos de Proteção Coletiva mais conhecidos, estão:

  • sinalizadores de segurança;
  • extintores de incêndio;
  • chuveiros de segurança;
  • exaustores;
  • kits de primeiros socorros;
  • redes de proteção;
  • lava-olhos;
  • corrimãos;
  • isolamento acústico.

EPI: quais são os Equipamentos de Proteção Individual?

Mapeados os riscos do ambiente e tomadas as providências para que ele fique mais seguro com EPCs, é hora de planejar o uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) por cada profissional.

Os EPIs são os responsáveis por manter a integridade física dos colaboradores e, portanto, evitam ou diminuem potenciais lesões causadas por acidentes de trabalho ou doenças ocupacionais. 

Segundo a NR 6, que regulamenta o uso dos equipamentos individuais no Brasil, sua distribuição gratuita é uma obrigação dos empregadores e sua utilização precisa ser feita para garantir o bem-estar dos trabalhadores.

Como cada empresa atua em um setor diferente, cabe ao técnico de segurança do trabalho identificar os riscos dos ambientes e os equipamentos necessários, tanto coletivos quanto individuais. 

Sendo assim, também há uma grande variedade de EPIs para proteger cada parte do corpo. A divisão apresentada pela NR 6 é a seguinte: 

  • cabeça: capacetes, capuz ou balaclava;
  • olhos e face: óculos, protetor facial e máscara de solda;
  • proteção auditiva: protetor auditivo;
  • proteção respiratória: respirador purificador de ar não motorizado ou motorizado, respirador de adução de ar comprimido, máscaras respiratórias e respirador de fuga;
  • tronco: vestimentas e coletes à prova de balas;
  • membros superiores: luvas, creme protetor, mangas, braçadeiras e dedeiras;
  • membros inferiores: calçado, meia, perneira e calça;
  • corpo inteiro: macacão e vestimentas de corpo inteiro;
  • quedas com diferença de nível: cinturão de segurança com dispositivo trava-queda ou talabarte.

EPI x EPC: quando utilizar cada um? 

Como dissemos anteriormente, os EPIs são adotados de forma complementar aos EPCs no ambiente de trabalho. Ou seja, um nem sempre conseguirá ser totalmente eficaz sem a existência do outro. 

Normalmente, o primeiro passo, então, é mapear os riscos de cada setor pelo PPRA e identificar os Equipamentos de Proteção Coletiva necessários para a segurança da equipe como um todo.

Depois, segundo a NR 6, são definidos os EPIs a serem utilizados pelos trabalhadores. Tudo isso,  é claro, se a proteção coletiva não for suficiente e completa nos ambientes. 

Em uma obra da construção civil, por exemplo, podem ser utilizadas redes de proteção e sinalizadores para garantir ao máximo a segurança dos colaboradores que circulam naquele espaço.

Porém, esses EPCs sozinhos não conseguirão substituir a eficiência do capacete caso uma ferramenta ou material caia na direção de um construtor.

Portanto, no dilema EPI x EPC, o ideal é sempre pensar em adotá-los em conjunto para oferecer a máxima segurança tanto em relação a acidentes de trabalho quanto a doenças ocupacionais.

Gostou do nosso post? Então, aproveite para conferir também nosso outro artigo sobre a importância do uso de EPIs para a segurança dos trabalhadores!

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